quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A sedução perigosa

Os jovens são tão seduzidos pela violência, que o nosso primeiro desafio é mostrar que não há glamour em ser ameaçado.”
O rótulo “ameaçado de morte” pesa. E a origem dele é confusa, explica o juiz da Vara e Infância e Juventude de Santo Amaro (na capital paulista), Iasin Issa Ahmed, que coordenou o PPCAAM de São Paulo por três anos e diz: - “Não sabemos se é a droga que atrai a violência ou o inverso. A história de início nebuloso destes meninos tem desfecho ainda mais incerto" conta Ahmed".



Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/o+preco+da+vida+r+10/n1237778496477.html

Por Cristina Constâncio

O preço da vida: R$ 10

Adolescentes, dependentes químicos e ameaçados de morte. Dívida por droga é o principal motivo

Quinta-feira, 17h. Faltavam só 60 minutos para a vida de Daniel acabar. A mãe não confiava mais em dar dinheiro para o filho de 15 anos que já tinha roubado a vizinhança toda e torrado tudo em
droga.“Os homens” tinham prometido dar o tiro na cara. O medo maior do garoto, no entanto, era da sessão de porrada que viria antes da “bala de misericórdia”. Quem deve ao tráfico, é sabido, não tem morte rápida. E, daquela vez, Daniel não tinha a menor esperança de conseguir R$ 50 para salvar sua pele. O prazo vencia às 18h.
Por valor ainda menor, outros meninos da mesma idade de Daniel deixam a vida por causa da dependência química. A nota de R$ 10 que eles não entregam na "boca” para pagar o quanto devem por uso de crack vira o preço médio de suas vidas, segundo constatou o iG nos programas de proteção à criança ameaçada de morte em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Nunca ninguém contou quantos deles morreram por não darem dinheiro ao mercado paralelo de entorpecentes. Sob a forma de algarismos, estes meninos estão misturados entre os dados que fazem da violência a principal causa de morte de homens brasileiros entre 10 e 25 anos. Estão também entre os números que contam a escalada de 32% de homicídios nos últimos 15 anos. Freqüentam ainda as informações sobre déficit de vagas para tratamento clínico – e eficiente – para combater o vício nas drogas.
Daniel tinha 50 minutos para não fazer parte destes estudos numéricos do IBGE e Ministério da Saúde. A tentativa de salvamento foi acompanhada pela reportagem que assistiu ao início da ação de uma rede articulada e sigilosa no País que, diariamente, trabalha para que estes adolescentes não virem estatísticas resultantes da parceria entre drogas, saúde falha e assassinatos.
A sigla do grupo é PPCAAM: Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte. O início da atuação é o ano de 2003, em São Paulo e Belo Horizonte. O avanço da epidemia de crack – e a consequente proliferação de homicídios, como detectou pesquisa da PUC de Belo Horizonte – fez com que a Secretaria Especial de Direitos Humanos tivesse a necessidade de ampliar a rede.
Até agora, já passaram pelas mãos do programa 1.592 crianças e adolescentes, 60% deles por causa do envolvimento com o tráfico de drogas. Quando não são os traficantes que os sentenciam à morte, são fome, falta de moradia adequada, abandono dos pais, transtornos mentais, tentativas de suicídio, testemunho de crimes e brigas de gangue que dividem o ranking de outros motivos para a proteção.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/o+preco+da+vida+r+10/n1237778496477.html

EDUCAÇÃO É A MELHOR PREVENÇÃO.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Educação a melhor Prevenção

Adolescentes são seres vulneráveis. Pela própria necessidade do inusitado, da busca de novas sensações poderão experimentar ou mesmo ingressar em práticas destrutivas. Isto se aplica ao uso de fumo, drogas entre as quais o álcool. Os jovens devem ser alertados dos riscos em discussões claras e abertas. Conversas em família são fundamentais, em alguns casos, são de grande ajuda os professores e profissionais de saúde para o esclarecimento de dúvidas e discussão dos problemas, sendo a educação a melhor prevenção.

Há necessidade de abordagem cuidadosa mesmo em relação ao aspecto diagnóstico: adolescentes que experimentam drogas não são obrigatoriamente viciados, enquanto adolescentes carentes principalmente de relações afetivas constituem população de risco mesmo que não as tenham ainda experimentado.

Em se tratando de atendimento, muito se fala em adolescentes e adolescência mas deve haver todo o cuidado e rigor na elaboração de programas que venham a preencher suas necessidades básicas e que tenham como objetivo real a saúde do adolescente como definida pela Organização Mundial de Saúde: “um bem estar físico, mental, social..” Para que isso se torne realidade, adolescentes devem ser atendidos dentro dos mais rigorosos preceitos éticos, que envolvem, inclusive, privacidade, confidencialidade, sendo vistos como seres indivisíveis, biopsicosociais.

Fonte: Adolescência e Saúde III – Comissão de Saúde do Adolescente – SES Texto da Dra Maria Ignes Saito

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Prevenção Sempre

A adolescência é caracterizada pelas transformações, o que pode, sem dúvida, concorrer para sua maior vulnerabilidade.
É necessária a identificação do adolescente de alto risco e para sua detecção é importante a atenção. o diálogo, percepção do profissional de saúde, professores, familiares.
Dentro dos riscos, são áreas importantes as que envolvem os problemas biológicos desde afeções comuns até doenças graves ou crônicas; os distúrbios psicologicos em toda sua gama; os comportamentos perigosos como conduzir veículos, atividades inadequadas de esporte ou trabalho, uso de álcool e outras drogas, acidentes, homicídios, suicídios e tentativas de suicídio, que tornam obrigatória as discussões sobre todos os tipos de violência.
Requer particular atenção a pratica indequada da sexualidade, que pode ocasionar a gravidez precoce, o aborto, as doenças sexualmente transmissíveis, entre as quais se destaca a HIV/ AIDS. Na adolescência as manifestações de puberdade se tornam cada vez mais precoces, destacando-se entre elas a eclosão hormonal, inclusive de hormônios sexuais, sustentando uma sexualidade dirigida à genitalidade, num corpo sempre novo e em busca de novas sensações. 
Continua...

Fonte: Adolescência e SaudeIII - texto de Maria Ingnez Saito - Médica - Professora

PARCEIRA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

sábado, 25 de setembro de 2010

Dia Mundial de Combate a Gravidez na Adolescência

Neste domingo 26 de setembro é o Dia Mundial de Combate a Gravidez na Adolescência.
A noção de que a gravidez na adolescência é sempre indesejada não é verdadeira nos dias de hoje. A gravidez na adolescência é sempre inoportuna, mas nem sempre indesejada. Os métodos anticoncepcionais que eram desconhecidos por elas até meados dos anos 80, hoje são do conhecimento de todas.
Sabemos que, boa parte das adolescentes, realmente engravida de forma indesejada e fruto de relações de risco sem proteção, facilitadas por vários fatores que as predispõem á tal situação: a não percepção da sexualidade adolescente pelos adultos, que não orientam práticas preventivas sobre sexualidade; desejo e sexo; a não aceitação da prática sexual das meninas por seus familiares, que termina por sonegar educação informativa sobre contracepção e leva as jovens à pratica sexual de risco sem o planejamento preventivo necessário, normalemente realizada sem hora ou local determinado, disponibilidade de método contraceptivo, nem discussão de uso deste com o parceiro (Figueiredo, 2005).
Pais, Professores, Profissionais de Saúde, Psicólogos e Comunidade, vamos orientar nossos jovens, é uma batalha trabalhosa, pois nesta fase muitos jovens fazem exatamente o que querem e como querem, muitas vezes escondidos, mas devemos estar sempre atentos  a todos os sinais e orientar sempre.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Contracepção na adolescência

Não é milagre, a gravidez faz parte da natureza humana. Depois da primeira ovulação, uma garota já corre o risco de engravidar numa relação sexual ou em um namoro mais íntimo em que o garoto ejacule próximo à entrada da vagina, no seu período fértil. Mas ninguém deve e nem precisa correr este risco na adolescência.
Este momento é de descobertas, muita brincadeira, festas, mas também de um grande desenvolvimento escolar e de preparação para realizar o sonho profissional. Não cabe a maternidade e a paternidade! Portanto, vamos conversar um pouco sobre métodos contraceptivos para ajudar a lidar com a vida sexual, sem que se corra o risco de engravidar.
O método do adolescente
O método que deve estar sempre presente em sua escolha, principalmente na dos garotos, é o preservativo. Ele é o único método que dá ao menino autonomia e controle para decidir quando ter um filho. Além disso, ainda protege o casal das DST/Aids.
A camisinha, quando bem colocada dificilmente rompe, mas acidentes podem acontecer. Portanto é importante que a menina também faça a sua parte na prevenção da gravidez. Pois quando um casal tem vida sexualmente ativa, e ter um filho está completamente fora de seus planos, é aconselhável utilizar um outro método contraceptivo associado a camisinha. Existem vários, dentre eles a tabelinha que não deve ser o método escolhido por nenhuma jovem. A tabelinha é importante para a garota conhecer o funcionamento de seu corpo, mas é um dos métodos que mais falha.
Os métodos contraceptivos mais eficazes e que são adequados na adolescência são os hormonais. A sua eficácia é muito alta, em torno de 99,9 a 100%, de fácil utilização e reversível no momento em que for interrompido. A dobradinha -método hormonal e camisinha – é ideal para o casal cuidar de sua proteção às DST/Aids e da gravidez na adolescência.

Métodos hormonais
A principal função contraceptiva dos métodos hormonais é impedir a ovulação. Os hormonais são aqueles métodos no qual a garota, por meio da ingestão ou absorção de hormônios artificiais, mantém o nível desejado de hormônios na circulação sangüínea, “enganando” o cérebro, que não percebe a necessidade de estimular os ovários para produzirem estrógeno e progesterona. Sem a produção natural desses hormônios os óvulos não conseguem iniciar a sua maturação e a ovulação não acontece. Desta forma, enquanto a garota usar este método, não há óvulo nas trompas para os espermatozóides encontrarem e a fecundação não pode acontecer.

Existem vários tipos de métodos hormonais, mas a escolha de qualquer um deles precisa do acompanhamento de um médico ginecologista e informações sobre a forma correta de utilizar.

Métodos/Uso
Pílula
Ingerir um comprimido, no 1º ou 5º dia da menstruação, de acordo com a orientação médica. Tomar a pílula todos os dias, no mesmo horário, até que a cartela acabe. Descansa 7 dias e reinicia uma nova cartela.

Injetável
Tomar uma injeção no músculo uma vez a cada 3 meses ou 8 semanas de acordo com a indicação médica.

Adesivo Transdérmico
Colar o adesivo na pele. Em qualquer local do corpo, menos nos seios e em sua proximidade. O adesivo deve ser colado na pele no primeiro dia da menstruação. Ele deve ser trocado a cada semana. Depois de três semanas deve-se fazer uma pausa de 7 dias e reiniciar a colagem do adesivo na pele.

 Anel Vaginal
É um anel plástico flexível que é encaixado no colo do útero, de onde libera uma pequena dose de hormônio. Para colocá-lo a mulher pode deitar, agachar, ou ficar em pé. Ela deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-lo mais. A colocação deve ser feita no 5º dia da menstruação e o anel deve permanecer no local por 21 dias. Para retirar o NuvaRing basta inserir o dedo na vagina e puxar o anel. Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e um novo anel deve ser utilizado por mais 21 dias.

Implante
O implante é inserido debaixo da pele, na região do braço, por um médico. Durante três anos, vai liberar diariamente na corrente sangüínea as doses necessárias de hormônios para evitar a gravidez.

DIU Hormonal
É um pequeno cilindro com hormônios que ao ser colocado no útero, pelo médico, passa a liberar hormônios, gradativamente. A durabilidade deste método é de 5 anos, e durante o seu uso a garota não menstrua.
Aposte nessa parceria: a camisinha como método de prevenção a gravidez e as DST/Aids e o método hormonal como um reforço contraceptivo.

Maturidade sexual significa, também, ser responsável pelo seu corpo e o do parceiro.

Texto de: Maria Helena Vilela - Diretora do Instituto Kaplan – http://www.kaplan.org.br/


PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manifestações Psicológicas

Acontecem várias e profundas alterações de natureza psíquica nessa fase da vida que o adolescente é considerado um ser "fisiologicamente neurótico".
As queixas de natureza psicologica podem ser divididas, para fins didáticos, em dois grandes grupos: manifestações somáticas (somatização) e manifestações psicossociais, embora ambas estejam frequentemente inter-relacionadas.
Dentre as manifestações somáticas estão: cansaço, moleza, desânimo, preguiça, apatia, distúrbios do sono, dores de cabeça, enjôos, etc... Todos esses problemas constituem, na verdade, a somatização de situações psicológicas conflitantes, segundo reações pessoais e/ou familiares muito variáveis.
Quanto às manifestações psicossociais, geralmente observadas pela familia e raramente referidas pelo proprio adolescente, pode-se citar "nervosismo", má adaptação escolar, tabagismo, ansiedade, depressão, agressividade, mau relacionamento familiar, idéas suicida, uso de drogas, alccolismo, furtos, etc..
Em contraste com abundância de queixas, é preciso ressaltar que, na grande maioria das vezes, o exame físico do adolescente masculino é totalmente negativo, estando portanto o jovem, pelo menos físicamente, em boas condições de saúde.

Fonte: Adolescência e Saúde - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Problemas do Adolescente Masculino

Os problemas do adolescente masculino podem ser agrupados em alguns itens, que hoje começaremos com:
Crescimento e Desenvolvimento:
A maior preocupação dos meninos está em seu crescimento físico: o déficit de poucos centímetros causa pânico e apreensão. Na grande maioria das vezes, apesar de a estatura ser considerada normal em padrões familiares, o pênis pseudo-hipoplásico é motivo de obsessão maior do que os "pequenos seios" da menina.
É preciso que o profissional que está atendendo o adolescente saiba tranquilizar seu paciente, demonstrando o máximo de compreensão.
Especiais cuidados serão tomados quanto às necessidades nutritivas do rapaz, sobretudo se este praticar atividades esportivas.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Investigação

A anamnese permitirá, com a devida flexibilidade e respeitando sempre o momento de cada paciente, investigar os seguintes aspectos:
Familia - relação e estrutura familiar, valores, interesses, hábitos, agenda de atividades.
Educação - adaptação e oportunidades para o desenvolvimento de potencialidade, estudos.
Trabalho - carga horária, condições de trabalho, realização pessoal.
Alimentação - hábitos alimentares, preocupação com o corpo.
Lazer - esporte, atividades dentro e fora da escola, fins de tarde, noite, fins de semana.
Ambições - motivações, planos.
Afeto - estado de ânimo, amizades, relações com os pares.
Drogas - consumo de álcool, cigarros e outras drogas. Iniciar perguntando sobre drogas socialmente aceitáveis.
Suicídio - pensamentos ou tentativas prévias.
Sexualidade - namoro, envolvimento fisico, preferência e práticas sexuais, número de parceiros, conhecimentos e uso de métodos anticoncepcionais, doenças sexualmente transmissíveis.

Fonte: Adolescencia e Saúde III - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

domingo, 19 de setembro de 2010

A Anamnese

Como qualquer consulta, também a do adolescente consiste em duas etapas importantes: a anamnese ou entrevista e o exame físico. Dependendo da idade do jovem, a anmnese será obtida da família ou do próprio adolescente.

Através da entrevista com a família, toma-se conhecimento dos problemas que estejam afligindo o adolescente e seus parentes, alterando eventualmente a dinâmica familiar. O profissional não deve se precipitar, tirando conclusões definitivas ouvindo somente os pais: não é raro que eles queiram transformá-lo em outro elemento de censura ou de represália ao adolescente.

Já a entrevista com o jovem deve ser a sós. Ele precisa falar livremente e deve ser ouvido com atenção. Se ainda ficarem dúvidas, deve-se garantir e reafirmar o mais absoluto sigilo profissional. No entanto, o adolescente deve ficar ciente de que em certas circunstâncias – por exemplo, ameaças a si próprio ou a terceiros, casos de notificação compulsória, etc. – o sigilo poderá ser rompido no interesse final do próprio adolescente. Assim, com franqueza, sem autoritarismo, tenta-se criar um forte vínculo entre o profissional e o paciente, fundamental para a aceitação de todas as recomendações e bom êxito do tratamento.

Muitos adolescentes se fecham em mutismo quase inquebrantável. Ou, quando falam, usam de linguagem às vezes codificadas que deve ser interpretada corretamente pelo profissional. Outras vezes, a queixa aparentemente banal que finalmente se obteve encerra, com freqüência, a ponta de um iceberg: por trás de queixas vagas como dores de cabeça, insônia ou dores de barriga pode-se encontrar vasta problemática emocional, preocupação com sua imagem corporal e sexualidade.
Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCEIRA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

sábado, 18 de setembro de 2010

Papel dos Profissionais que atendem Adolescentes

Os profissionais devem:

- Estimular o jovem a se responsabilizar por seus próprios cuidados e lembrar que o mesmo tem direito à assistência integral.
- Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do adolescente na área fisica e emocional.
- Detectar, o mais precocemente possível, as situações de risco.
- Garantir a passagem do adolescente à idade adulta de uma forma saudável, tanto física como psicológica.
- Em vez de discursos negativos, dar sempre uma imagem objetiva do adolescente.
- Valorizar o importante papel das famílias na passagem da infância à adolescência.
- Harmonizar as queixas que possam existir entre os pais e seus filhos e vice-versa.
Lembrar que nenhuma consulta será considerada completa se, além da queixa principal, não se incluir a prevenção de acidentes, vacinal, do uso de drogas, das DST (AIDS), da gravidez.
A consulta é um momento privilegiado de comunicação e deve ocorrer em clima que inspire confiança, respeito e sigilo.
Sendo que o primeiro contato é sempre motivo de ansiedade para o paciente.
Lembre-se de fazê-lo sentir-se importante, através de gestos afetuosos, manisfestações de carinho e compreensão darão ao jovem paciente mais segurança. Deve-se lembrar que o adolescente está substituindo seus interesses e anseios por novos valores, tão ou mais válidos quanto os da infância perdida. O profissional será confidente e amigo, ouvindo atentamente, tomando o cuidado de não fazer o papel de juiz preste a ditar rigorosa sentença.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Consulta Ginecológica

A participação do ginecologista na equipe multiprofissional é resultado da grande procura por solução para os problemas ginecológicos das adolescentes e é fundamental para estimular os fatores protetores ao exercicio da sexualidade.
A consulta ginecológica reveste-se, de determinadas peculiaridades na adolescencia.
A sexualidade deve ser minuciosamente investigada pelos riscos desencadeados pela atividade sexual desprotegida.
Em relação a menarca saber da idade em que ela ocorreu? Como foi? Alguém explicou? Como se sentiu?
Quanto a primeira ejaculação que é sempre marcante no adolescente masculino, saber: como foi? Como se sentiu?.
Nem sempre investigar masturbação e relação sexual são situações tranquilas nesta faixa etária.
As relações sexuais estão ocorrendo numa idade cada vez mais precoce. É importante investigar os sentimentos do adolescente na primeira e na última relação sexual? Sabe identificar uma doença sexualmente transmissível? 

Fonte: Adolescência e Saúde - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE
Por: Cristina Constâncio

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exames Físicos

Continuando sobre a consulta médica que deve passar pelos exames físico, físico geral e físico especial.
- Exame físico: deve levar em conta os medos e inibições detectados no momento da consulta. Deve-se perceber  o que para uns pode ser natural, para outros, pode ser motivo de constrangimento constituindo-se em um momento de grande angústia, como por exemplo: ter que se despir na frente de outra pessoa. O que pode "quebrar o gelo" é explicar para o adolescente para que serve e como funciona cada instrumental que vai ser utilizado, o que pode ser um grande facilitador, também ao profissional.
- Exame Físico Geral: Nesta hora avalia-se o aspecto geral do adolescente, como: pele, mucosas, tecido subcutâneo, gânglios, músculos, postura.
- Exame Físico Especial: Examina-se cabeça, pescoço, tórax, abdômen, orgãos genitais e reflexos. Os dados de maturação sexual são avaliados através da tabela de Tanner (mama, e pêlos pubianos nas meninas; testículos e pêlos pubianos nos meninos). O peso e a estatura deverão ser avaliados e anotados nas curvas de crescimento e desenvolvimento.
Conforme as hipóteses diagnósticas serão solicitados exames subsidiários e encaminhados para outras especialidades, se necessário.
Deve-se sempre explicar ao adolescente porque o exame esta sendo solicitado e a medicação proposta.
Explicar de forma tranquila e clara a receita, essa compreensão por parte do adolescente é fundamental, ele precisa entender o intervalo entre as doses, o tempo de duração do tratamento, garantir sempre que houve entendimento por parte dele, e relembrar a data do retorno para avaliação e continuidade no programa.
Acompanhar e avaliar o crescimento e desenvolvimento dos adolescentes de seis em seis meses e anotar no gráfico permite acompanhar o canal de crescimento.
Dentro do programa de atendimento a saúde do adolescente deve-se solicitar avaliação psicólogica e nutricional, garantindo a integralidade do atendimento.
E, avaliar e complementar a imunização de acordo com as normas técnicas para a faixa etária.

Fonte: Adolescência e Saude - Comissão de Saúde do Adolescente - SES.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Consulta Médica

A consulta médica pode ser realizada pelo Clinico Geral, Pediatra ou um profissional médico com conhecimento sobre medicina do adolescente.
Na anamnese o médico pode fazer observações a partir do contato inicial aprofundando o motivo da consulta. O profissional deve passar a percepção para o adolescente que está comprometido com sua saúde. O médico deve estar atento para a interpretação que os adolescentes possam dar às suas palavras.
Os antecedentes familiares devem ser investigados, levando sempre em conta a realidade de vida do adolescente, como pai ausente ou desconhecido, adoção, familias com formação diversas, adolescentes institucionalizados.
A investigação de hábitos alimentares, na vida cotidiana do adolescente traz importante suporte nos frequentes diagnósticos de obesidade e anorexia.
Quanto aos antecedentes pessoais como a idade da menarca da mãe, estatura do pai e da mãe, tipo de parto, intercorrências no desenvolvimento neuropsicomotor e intercorrências clínicas na primeira infância, muitas vezes desconhecidos dos adolescentes, poderão ser trazidos numa próxima consulta.
continua...
Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

sábado, 11 de setembro de 2010

Fluxograma de Atendimento ao Adolescente


 

O programa de saúde do adolescente deve atender através de agenda diferenciada, com equipe multiprofissional composta de médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, odontologistas e educadores entre outros.
A universalização do atendimento fisico, psicólogico e social para adolescentes deve envolver Prefeituras através de suas Secretarias, principalmente a de Saúde e de Desenvolvimento Social, e a Comunidade.

PARCERIA SEMPRE

Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde do Adolescente, SES
Por: Cristina Constâncio 




quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Trabalho com Grupos de Adolescentes

A prática de trabalho com metodologia participativa é incentivada e desenvolvida nos serviços por profissionais capacitados em dinâmicas de grupo.
Os fenômenos próprios da adolescência são trabalhados durante as atividades grupais.
As dinâmicas de grupo facilitam a comunicação e a reflexão dos sentimentos dos adolescentes, visando à construção de um espaço protetor de referência na sua rede social.
Podem ser utilizadas varias técnicas como: dinâmicas verbais e não verbais, jogos lúdicos, reflexões sobre tema escolhido, temas direcionados, perguntas anônimas, dramatizações, vivencias, dança de roda e oficinas musicais escolhidas pelo grupo.
A atividade em grupo destinada à escuta dos sentimentos dos adolescentes é um importante espaço protetor, contirbui com a identificação de fatores de risco e proteção e facilita a reflexão sobre a vulnerabilidade.
A proposta de um trabalho em grupo é desenvolver o juízo critico, a auto estima, a criatividade e um projeto de vida, para que assim o adolescente possa exercer o autocuidado.
O grupo é importante para o adolescente que nesta fase, costuma identificar-se com seus pares.
Ele sente-se amparado e protegido, desenvolvendo assim uma vinculo com outros adolescentes e o grupo com o profissional. Tornando mais fácil uma intervenção individual e/ou grupal.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Primeira entrevista com o adolescente / abordagem


Conversar livremente com o adolescente permite aprofundar a investigação sobre os fatores de risco e os fatores protetores que o envolvem, envolve sua família e a comunidade onde vive. Normalmente essas respostas não são obtidas em uma ou duas entrevistas.
É fundamental que se estabeleça um clima de confiança e empatia para saber o real motivo da procura da consulta, quando tempo vem apresentando os sintomas, que tipo de relação mantém com o grupo familiar? Se mora com a família ou não? Como é o relacionamento com ela? Tem amigos? No bairro, na escola ou em outros lugares? Quando tem problemas a quem recorre?
Será solicitada participação de pais/familiares/responsáveis quando necessário e quando for possível a colaboração dos mesmos.
A escolaridade é um importante diferencial na abordagem do adolescente, investigar histórico escolar e as razões da deserção caso tenha ocorrido.Trabalha, há quanto tempo, o tipo do trabalho e o salário? Qual seu projeto de futuro?
A imagem corporal como na adolescência ocorrem modificações corporais importantes, saber o peso que elas exercem na imagem corporal do adolescente, traz subsídios importantes para a abordagem integral.
A investigação sobre uso de substâncias ilícitas nem sempre é possível ser obtida numa primeira conversa. É necessário que o adolescente possa confiar no profissional para falar de situações comprometedoras no seu comportamento.
A pratica de atividades esportivas é sempre um fator protetor na saúde do adolescente.

Fonte: Adolescência e Saúde III - Comissão de Saúde do Adolescente - SES

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Acolhimento

Ao chegar a Casa do Adolescente e/ou serviço de atendimento ao adolescente, ele tem espaço próprio onde seus problemas são ACOLHIDOS. Com ele é estabelecido um vinculo de respeito e afeição.
É o primeiro momento que fala sobre suas queixas, dúvidas, temores, expectativas.
Esse contato inicial é feito por um profissional da equipe previamente capacitado que pode ser enfermeiro, educador, assistente social ou psicólogo, cujo envolvimento é fundamental na cadeia da multiprofissionalidade do atendimento. No ato da matricula ele recebe o cartão do adolescente onde serão anotados os dados de identificação, data de consultas, encaminhamentos, exames subsidiários e retorno, recomendável estabelece um vinculo com o serviço.
O que levou o adolescente a procurar o serviço e como ele se sente em relação a esta etapa da vida são informações muito importantes a serem investigadas.
É importante no primeiro contato, flexibilidade, sensibilidade e competência para identificar as situações de emergência. Entender que muitas vezes, algumas queixas como: estou com fraqueza, com dor no corpo, podem significar desde problemas clínicos simples, até suspeita de HIV, gravidez, tentativa de suicídio, abuso sexual ou somatização de algum problema psicológico.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

sábado, 4 de setembro de 2010

Lei de Adoção



Para todos os envolvidos no Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Lei de Adoção (Lei 12.010, de 03 de agosto de 2009) que trouxe importantes alterações ao Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como ao Código Civil. A finalidade da referida lei foi acelerar os processos de adoção no país e criar mecanismos para facilitar a reintegração de crianças e adolescentes ao convívio de sua família biológica.
Deixo aqui um link de um guia comentado sobre as novas regras de adoção, publicado pela AMB - Associação de Magistrados Brasileiros. Acessem:
http://www.amb.com.br/docs/noticias/2009/adocao_comentado.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

Criar a "Casa do Adolescente"

Na Lei de criação do Programa de Saúde do Adolescente, no seu artigo 5º cita que o Programa procurará fomentar atividades já realizadas pelo Poder Público, tais como: I, II, III e IV – Casa do Adolescente, V.  Lei na integra no link: http://www.al.sp.gov.br/
Vamos nos ater ao item IV – Casa do Adolescente, todos os municípios devem criar a sua, e o primeiro passo, não como condição, é criar uma Lei Municipal para que assim o Programa instituído no município tenha força, continuidade e aplicabilidade.
Procurar um local para instalar a Casa do Adolescente, preferencialmente e ideal, um local que seja exclusivo para o programa, que tenha a “cara” do adolescente, um espaço onde os jovens poderão ter sua individualidade garantida.
Ter uma equipe multiprofissional composta por: médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, odontologistas e educadores entre outros.
Esses podem ser os primeiros passos para se criar a Casa do Adolescente, sabemos que em serviço público nem tudo ocorre como o esperado e ideal, mas não se pode deixar abater e sim lutar, dar inicio com o que se tem, se for uma sala, dois profissionais enfim o importante é dar o start e não parar mais.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Programa Saúde do Adolescente

O Programa de Saúde do Adolescente, foi criado pela Lei nº 11.976 de 25 de agosto de 2005, que no seu artigo 1º Cria o Programa de Saúde do Adolescente, na Rede Pública de Saúde do Estado de São Paulo.
Oque possibilitou implantar e incrementar uma politica pública de juventude na área da saúde que proporciona a abertura de espaços de atendimento integral à saúde fisica, psicológica e sociocultural dos adolescentes; Casas do Adolescente.
A abordagem integral deve ser dirigida a adolescentes de ambos os sexos, com ou sem atividade sexual, oferecer atendimento médico, odontológico, social e psicológico.
Trabalhar em oficinas realizadas durante o atendimento, que reforcem a auto estima e possibilitem maiores discussões sobre direitos, projeto de futuro e cidadania.
Para mensurar o exito do Programa deve se observar os indicadores epidemiológicos que revelem a diminuição de recém nascidos de mães adolescentes e o descréscimo da incidência de casos de AIDS em adolescentes e jovens.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Paixão pelo trabalho com adolescentes

Hoje falarei um pouco de mim, de toda a dedicação pelo trabalho com adolescentes que é minha paixão.
Participei pelo Forúm Permanente e Interdisciplinar de Saúde - Unicamp em "Saúde na Adolescência"; Fórum "Infância e Adolescência na Atualidade" promovido pelo CMDCA de Valinhos; Jornada de Formação do Programa de Aprimoramento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de São Paulo, promovido pela Rede Social São Paulo e CONDECA de agosto de 2006 á fevereiro de 2008.
Inciciei os meus cursos de capacitação com a Dra Albertina, em 22 de junho de 2004 e dai em diante foram 12 cursos certificados em Saúde Integral do Adolescente,  o último realizado e coordenado por mim em 28 de agosto de 2009,  1º Encontro Regional de Capacitação em Saúde Integral do Adolescente em meu município - Valinhos, presentes 330 pessoas de vários municípios.
Em 2006 foi inaugurada a Casa do Adolescente "Espaço Aberto" em Valinhos, projeto criado por mim, falarei mais deste projeto.
Coloco-me á disposição para parcerias, contatos no perfil.

PARCERIA SEMPRE
Por Cristina Constâncio