terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dinâmica de Grupo



Adolescentes freqüentemente têm explosões emocionais. É comum relatarem que certas ações foram resultados de terem “perdido a cabeça”. Essas explosões são seqüestros neuronais, respostas de uma “urgência” do cérebro emocional, que resultam em ações e que acontecem antes do racional ser acionado.
É recomendável, programas educativos usando técnicas de oficina, com dinâmica de grupo, troca de vivencias e discussões, para assim promover a construção do conhecimento a partir das informações prévias sobre o tema, seus valores, tabus e preconceitos.
Propiciar um espaço privilegiado, protegido, onde os adolescentes possam ampliar a percepção da sua realidade, discutir, trocar opiniões com seus pares e facilitar experimentação de atitudes sob supervisão de profissionais.
●Perceber sentimentos suscitados.
●Facilitar iniciativas e experimentar mudanças de atitudes.
●Promover a percepção de si, do seu grupo social e da rede de apoio.
●Facilitar a percepção da auto estima.
●Promover a compreensão do direito de escolha; quais as pressões envolvidas; o que ou quem dificulta ou facilita a tomada de decisão.
●Favorecer a percepção de adolescentes “de risco”, programando estratégias de intervenções especificas (medidas médicas, psicoterapêuticas, de proteção social ou jurídica).

Fonte Adolescência e Saúde III – Comissão de Saúde Integral do Adolescente – SES.
Imagens: Google Imagens

PARCERIA SEMPRE
Cristina Constâncio - Psicóloga

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SER ADOLESCENTE

Ser Adolescente

Ter capacidade de criar uma linguagem própria

Embora não saiba corretamente o português;

Querer tudo rápido e de uma vez,

Embora não tenha pressa em fazer suas tarefas

Porque o ócio é mais importante;

Achar que estar contra o mundo

É a melhor forma de consertá-lo;

Não pensar nunca no futuro

Pois este ainda não se tornou presente;

Dizer tolices

E depois achar graça delas...

Ser adolescente também é...

Estar sempre disposto

A fazer qualquer coisa para os amigos;

Amar de forma intensa e irracional

Mas terminar um namoro por motivo banal;

É desejar viver tudo em um segundo,

Embora tenha todo o tempo do mundo.

Ser adolescente é tudo isso e muito mais...

De: Edmar Guedes Corrêa

Parceria Sempre

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Exploração Sexual

A exploração sexual é o meio pelo qual o indivíduo obtém lucro financeiro por conta da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, turismo sexual.
A exploração sexual de crianças e adolescentes é crime em quase todos os países do mundo.
No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes é crime previsto no artigo 244 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Quem cometer o crime está sujeito a pena de 4 a 10 anos de reclusão, além da multa,muitos pedofilios arranjam suas vítimas pela internet se fazendo ser uma criança. o crime de abuso sexual se chama crime de pedofilia.

Aspectos Psico - sociais
O abuso e a exploração sexual são crimes graves, que deixam marcas profundas nos corpos das vítimas, como lesões, contágio por doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Mais do que isso, a violência sexual prejudica profundamente o desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes, gerando problemas como estresse, depressão e baixa auto estima. É dever da família, do Estado e de toda a sociedade protegê-los.
As crianças e adolescentes “avisam” de diversas maneiras, quase sempre não verbais, as situações de maus tratos e de abuso sexual.
Veja abaixo alguns indicadores na conduta da criança/adolescente que sofreu abuso sexual:

Sinais corporais:
-  Enfermidades psicossomáticas, que são uma série de problemas de saúde sem aparente causa clínica, como dores de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas que têm, na realidade, fundo psicológico e emocional.
- Doenças sexualmente transmissíveis, diagnosticadas em coceira na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas e cólicas intestinais.
- Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por gonorréia na garganta ou reflexo de engasgo hiperativo e vômitos (por sexo oral).
- Dor, inchaço, lesão ou sangramento nas áreas da vagina ou ânus a ponto de causar, inclusive, dificuldade de caminhar e sentar.
- Ganho ou perda de peso, visando afetar a atratividade do agressor.
- Traumatismo físico ou lesões corporais, por uso de violência física.

Sinais comportamentais:
- Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando é deixado sozinho em algum lugar com alguém.
- Medo do escuro ou de lugares fechados.
- Mudanças extremas súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no humor entre retraída e extrovertida.
- Mal estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.
- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese (xixi na cama) e chupar dedos.
- Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica. Fraco controle de impulsos e comportamento autodestrutivo ou suicida.
- Baixo nível de auto-estima e excessiva preocupação em agradar os outros.
- Vergonha excessiva, inclusive de mudar de roupa na frente de outras pessoas.
- Culpa e autoflagelação.
- Ansiedade generalizada, comportamento tenso, sempre em estado de alerta, fadiga.
- Comportamento disruptivo, agressivo, raivoso, principalmente dirigido contra irmãos e um dos pais não incestuoso.
- Alguns podem apresentar transtornos dissociativos na forma de personalidade múltipla.

Sexualidade
- Interesse ou conhecimento súbitos e não usuais sobre questões sexuais.
- Expressão de afeto sensualizada ou mesmo certo grau de provocação erótica, inapropriado para uma criança.
- Desenvolvimento de brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e brinquedos.
- Masturbar-se compulsivamente
- Relato de avanços sexuais por parentes, responsáveis e outros adultos.
- Desenhar órgãos genitais com detalhes além de sua capacidade etária.

Hábitos, cuidados corporais e higiênicos
- Abandono de comportamento infantil, de laços afetivos, de antigos hábitos lúdicos, de fantasias, ainda que temporariamente.
- Mudança de hábito alimentar – perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade).
- Padrão de sono perturbado por pesadelos freqüentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso.
- Aparência descuidada e suja pela relutância em trocar de roupa.
- Resistência em participar de atividades físicas.
- Freqüentes fugas de casa
- Práticas de delitos
- Envolvimento em prostituição infanto-juvenil
- Uso e abuso de substâncias como álcool, drogas lícitas e ilícitas.

Relacionamento social
- Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.
- Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos demais.
- Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta
- Fuga de contato físico
O surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens que estão além das possibilidades financeiras da crianças/adolescente e da família pode ser indicador de favorecimento e/ou aliciamento.

Fonte: Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância – Métodos para identificação de sianis de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes – Ministério da Educação, 2004

PARCERIA SEMPRE
Cristina Constâncio - Psicóloga

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bulimia

Conheça comportamentos que podem indicar a presença da doença, predominante em mulheres jovens
Comer em excesso e provocar vômitos para eliminar a culpa por ter comido é uma doença conhecida como bulimia. Caracterizado por um comportamento compulsivo e doentio em relação à comida, esse transtorno alimentar é mais comum em mulheres jovens, e pode até matar se não for identificado e tratado adequadamente.
A Associação Nacional de Distúrbios Alimentares (NEDA), dos Estados Unidos, elaborou uma cartilha com informações e orientações sobre a doença, e dicas úteis para quem tem ou convive com o problema. O Delas selecionou 15 sinais de alerta que podem ajudar a identificar a bulimia. Como em toda doença, a presença de indícios não significa que a pessoa tem o problema, o diagnóstico deve ser feito por um especialista. Se perceber algum dos comportamentos listados em alguém próximo de você, procure orientação sobre como ajudar conversando com um médico ou um psicólogo.

Preste atenção em:

1 – Comportamentos e atitudes que indicam preocupação excessiva com perder peso, fazer dieta ou controlar a quantidade de comida ingerida

2 – Desaparecimentos inexplicáveis de grandes quantidades de comida da despensa em períodos muito curtos de tempo

3 – Grandes quantidades de embalagens de alimentos vazias (elas podem ser um indicativo do consumo compulsivo de grandes quantias de comida)

4 – Visitas frequentes ao banheiro ao longo ou depois das refeições

5 – Dentes manchados ou amarelados e hálito de vômito constante

6 – Cartelas ou embalagens vazias de laxantes e diuréticos no lixo do banheiro ou da cozinha (são indícios de comportamento purgatório)

7 – Sensação clara de desconforto ao comer na frente de outras pessoas

8 – Rituais relacionados à comida ou à alimentação (comer apenas um alimento ou um grupo específico de alimentos, mastigar excessivamente a comida ou evitar que o alimento toque os lábios ao ser colocado na boca)

9 – Ingestão de porções muito pequenas de comida nas grandes refeições do dia (como o almoço) ou na pulada muito freqüente de refeições

10 – Atitudes bizarras em relação à comida (sem motivo algum, roubar ou esconder alimentos em lugares estranhos da casa ou do quarto)

12 – Uso exagerado de enxaguatórios bucais, pastilhas e chicletes de menta (eles ajudam a mascarar o hálito de vômito)

13 – Uso constante de roupas folgadas, que escondam os contornos do corpo

14 – Dedicação incansável a regimes de exercícios intensos e rígidos demais, mantidos independentemente do clima, do cansaço ou de alguma doença ou lesão muscular

15 – Calos nas costas das mãos ou nas juntas dos dedos (são uma espécie de cicatriz da repetição frequente do ato de provocar o vômito colocando os dedos na garganta).

Fonte: http://delas.ig.com.br – Texto: Leoleli Camargo, iG São Paulo

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Cristina Constâncio

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Agressividade entre adolescentes

Nos dias de hoje a agressividade entre os adolescentes está fugindo ao controle de todos, até dos proprios adolescentes.
Quando estão em momentos de lazer, escolas e algumas vezes no próprio lar, sendo vitimas e vitimando pessoas.
A sociedade gera uma cultura de desafios para o adolescente em relação ao mundo adulto. Se a sociedade que impõe esses desafios e riscos não gera uma rede de proteção, estímulos e perspectivas, os adolescentes se sentirão abandonados e as famílias sozinhas não poderão enfrentar as situações de conflitos. Os adolescentes são vítimas e não culpados pelo mundo em que vivem. Eles podem ter uma grande força de mudança. Para isso é preciso gerar uma cultura de acolhimento e participação. Se os adolescentes têm tendência grupal e gostam de viver em grupo, cabe à sociedade, ao país, estimular serviços, leis, espaços que possam acolher, atender e promover a participação dos adolescentes ( Dra Albertina Duarte Takiuti).
Os adolescentes tem problemas de origem emocional, de relacionamento com a família, sexualidade, gravidez e drogas. Um dos espaços que todo município deveria criar é “A Casa do Adolescente” que pode oferecer atendimento às necessidades. Devendo ter uma equipe multiprofissional com psicólogos, dentistas, médicos clínicos, ginecologistas, urologistas, médicos de família, nutricionistas. A Casa deve fazer atendimentos individuais e trabalhos em grupos com os adolescentes, como oficina dos sentimentos, grupos de família, oficina de nutrição, teatro, dança, artesanato entre outras. Podendo oferecer um espaço à noite para que os adolescentes possam ser atendidos fora dos horários de trabalho ou escola. Incentivando trabalhos com a família, grupos de mães e pais adolescentes, distribuição gratuita de anticoncepcionais, remédios e vacinas. Tudo deve ser gratuito: do atendimento aos remédios e vacinas.
Sendo o primordial sempre o primeiro acolhimento, do qual o adolescente deve se sentir protegido, amparado e principalmente à vontade para ser ele mesmo.

No link abaixo, veja agressão ocorrida a jovem, seja  pelo motivo que for, isto precisa ser contido com urgência.
 http://www.youtube.com/watch?v=08XIxZxLeXI

Fontes: Entrevista da Dra Albertina Duarte Takiuti em um quadro do Fantástico - Liga das Mulheres.
http://fantastico.globo.com/platb/ligadasmulheres/tag/casa-do-adolescente
Youtube.com

PARCERIA SEMPRE
Cristina Constâncio - Psicóloga

sábado, 20 de novembro de 2010

Grávida aos 16

Hoje estava assistindo um programa na TV que chama "Grávida aos l6", relata a vivência de uma jovem americana que acabava de ter um bebê, a adolescente brigava o tempo todo com sua mãe e pedia socorro aos avós, que além de ajuda-la algumas vezes falavam mal da mãe, o avô saiu comprou um carro, pois ela tem muitas atividades como: ir a escola, fazer compras, levar a filha ao médico e o lazer e não poderia fazer tudo sem um carro ou então teria que pedir a ajuda da mãe o que ela não queria. A mãe por outro lado não aceitava a gravidez pela postura da filha que a agredia o tempo todo.
Percebemos que é uma realidade distante de muitos outros países, aqui no Brasil talvez possamos verificar algo proximo em classes sociais mais altas, mas no que se refere as classes menos privilegiadas, vemos adolescentes grávidas ou com filhos pequenos que muitas vezes deixam os estudos, não tem lazer e muito menos fazem compras.
No caso das classes sociais mais baixa vemos que as mães são mais amorosas, apesar das dificuldades em muitos casos, a união é maior contribuindo assim para a saúde emocional de todos. É claro que não em todos os casos, há aqueles também onde as adolescentes são expulsas de casa o que gera uma situação de vunerabilidade e riscos para a jovem e o bebê, quando ele não fica com a avó.

Este é um tema que abre muita discussão, sugiro que todos escrevam suas experiências e suas realidades.

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Cristina Constâncio - Psicóloga

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PATERNIDADE



A paternidade é um assunto renegado quando se aborda a gravidez na adolescência. O acompanhamento da mãe, pelo pai adolescente é pouco significativo, bem como os cuidados com o bebê na maior parte das vezes ficam aquém do desejado por ela.
Na maioria dos casos é a família materna que ajuda na manutenção e cuidados com o bebê. O homem ainda continua se eximindo da responsabilidade sobre os filhos que possa gerar, por mais que o pai interaja com o filho, quando ocorre qualquer interrupção no relacionamento o filho passará a ser responsabilidade da mãe.
A paternidade ainda é um fato não completamente assumido pelo grupo masculino, percebemos que a função paterna ainda se mostra distanciada dele. A gravidez continua sendo um símbolo de masculinidade, mas a paternidade continua como um fator a ser negociado socialmente pelo homem, ela não se resume ao ato da gravidez, e sim em também assumir integralmente o filho.
Já que é na mãe adolescente que surgirão as alterações biológicas e todos os cuidados que uma gravidez gera para o feminino, o distanciamento do futuro pai se mantêm, e as questões de gênero permanecem inalteradas, sendo a gravidez uma questão do feminino e não do masculino.
O adolescente masculino, ainda encontra-se no meio do caminho das suas emoções, ele sente insegurança em assumir a paternidade e ao mesmo tempo não se sente responsável, pois para ele houve apenas um ato sexual sem maiores conseqüências sociais.
As equipes de atendimento do adolescente devem acolher este jovem pai, desmascarando os mitos da sociedade e ajudando-o a se aproximar dos seus sentimentos e a aflorarem para uma masculinidade saudável e responsável.

PARCERIA SEMPRE

Cristina Constâncio - Psicóloga

Bibliografia: Comissão de Saúde do Adolescente, Adolescência e Saúde III, SES, 2008.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Seres masculinos II




Um homem é um ser humano do sexo masculino, animal bípede da ordem dos primatas pertencente à subespécie Homo sapiens sapiens. Menino é termo usual para uma criança humana do sexo masculino e os termos rapaz ou moço para um macho humano adolescente ou jovem adulto. O termo Homem, com inicial maiúscula, pode ser utilizado ainda para se referir ao ser humano de maneira geral, seja ele homem ou mulher, embora essa aplicação esteja sendo questionada por feministas, vemos que aqui existe uma prevalência masculina.
Para Hesíodo, Zeus modelou em argila Pandora, a primeira mulher, de cujo enlace com o deus Epimeteu nasceram o resto dos homens. Pandora torna-se depois responsável por todos os males da Humanidade ao abrir a Caixa de Pandora, onde apenas ficarão retidos os males que podem acabar com a Esperança, vemos aqui referência de culpa sobre a mulher.
Seguindo a tradição judaico-cristã, o homem (Adão) foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança a partir do pó da terra, e foi expulso do Paraíso como consequência do pecado original, depois que uma mulher Eva, comeu o fruto proibido, desobedecendo a Deus e escolher por si mesmo o que devia ser o bem e o mal, novamente culpa colocada na mulher.
● O símbolo de Marte (Unicode: ♂), o símbolo do planeta Marte e do deus Marte , deus da guerra, que simboliza a masculinidade, faz parte da mitologia romana, e é o equivalente a Ares na mitologia grega, também é o símbolo usado na biologia para o gênero masculino. É o símbolo usado na Alquimia para o ferro e é símbolo do sexo masculino é representando pelo símbolo que retrata. Este símbolo é interpretado como a lança e o escudo do deus da guerra Marte/Ares, o simbolo que representa o homem, faz referencia a força do ferro, metal forte e inquebrável e ainda a lança que é um símbolo falico, denotando poder sexual, e o escudo que faz proteger e ao mesmo tempo impelir.
Podemos notar que desde os primordios o homem é considerado superior em relação a mulher.
Mas será, ainda hoje, isto uma verdade?
Vamos ao nosso adolescente.
O adolescente passa por uma fase que conhecemos como “crise de identidade”, que por si só tem uma carga de fatores que alteram fisiologicamente e emocionalmente o jovem.
É nesta fase que o adolescente está desenvolvendo o seu crescimento fisiológico, amadurecimento mental e adquirindo/experimentado responsabilidade social. O jovem está passando por mudanças e escolhas, construindo uma identidade pessoal e social, procurando ser aceito e ao mesmo tempo querendo se esconder. Daí a identificação com pessoas, grupos e ideologias que se tornarão um refúgio, encontrando assim outros iguais, para assim dividir suas angústias e padronizar suas atitudes e ideiais, tendo assim a sensação de que ali estará protegido, pela uniformidade de hábitos, pensamentos e comportamentos.
Com o tempo atitudes são internalizadas, algumas são construidas e assim o adolescente começa a se ver como portador de uma identidade própria que está sendo construida.
Nesta fase deve-se ter um olhar criterioso ao adolescente masculino, pois é nestes grupos e pessoas das quais irá se associar que as escolhas poderão ser catastróficas, pois querendo agradar ao grupo pode partir a praticar atos que comprometeram drasticamente seu desenvolvimento e/ou futuro.
Vemos que historicamente o homem é visto como o mais forte, o que leva muitas vezes a ficar em segundo plano, por razões que na realidade não passam de uma questão social, mas que no plano mental e emocional não é verdadeiro, pois o ser masculino tem medos, angústias, desencontros e necessidades tão importantes e cruciais quanto a dos seres femininos.
No que se refere ao olhar, acolhimento e tratamento do adolescente masculino o profissional que o atende tem que encontrar meios de identificação, através de um vinculo de confiança, pois ele tem especificidades particulares, que o diferenciam das adolescentes femininas que já encontram mais abordagens de atendimento, até mesmo pelo fato de que elas ficam grávidas, denotando maior cuidado, o que não é incorreto, mas lembremos que junto dessa jovem haverá um jovem e que poderão formar um casal.
Tenho encontrado adolescentes masculinos, com muita fragilidade emocional, apesar de estar sempre tentando camuflar seus sentimentos. Hoje eles tem encontrado meninas mais ativas, mais senhoras de si, com auto estima elevada, que luta pelas seus direitos de igualdade, que trabalham e estudam, mostrando para eles que já não são o sexo forte soberanemente, existe sim adversárias, que eles teram que amar e conviver.
Podemos crer que o adolescente masculino está em igualdade de atenção, mas muitas vezes não encontramos essa igualdade nos serviços de atendimento encontrando uma sequela que precisa ser corrigida o mais rapido possivel.

Pesquisa: Wikipédia.

Bibiográfia: Erickson, E. H. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

Imagens: Google Imagens

Texto: Cristina Constâncio – Psicóloga

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"REPROVADOS - Uma brincadeira sem graça" - BULLYING



A dias atrás postei algumas matérias sobre Bullying, hoje encontrei este vídeo e não pude deixar de apresenta-lo, pois é uma inciativa que deve ser divulgada, compartilhada e reproduzida.

 Do dia 19 ao dia 23 de Julho, a VideoBase Filmes em parceria com a Fundação Educar, realizou o 2º "Curta e Aprenda", que é um projeto social criado através de uma iniciativa sem fins lucrativos,   com o objetivo de produzir um curta metragem, que neste ano, abordou o tema Bullying.

Iniciativas como está deveriam estar mais presentes na nossa sociedade, quando me deparo com este tipo de trabalho, quero crer que ainda há esperança de resgate na nossa cidadania através dos nossos jovens.

Quero parabenizar a VideoBase e a Fundação Educar DPaschoal.



Fonte: VideoBase e Fundação Educar no "Projeto Curta e Aprenda"
http://videobase.com.br/home/index.php
http://www.educardpaschoal.org.br/web/

PARCERIA SEMPRE
CRISTINA CONSTÂNCIO - PSICÓLOGA

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OLHARES - MÃE ADOLESCENTE

Em se falando de gravidez na adolescência, todos se preocupam com a mãe, com certeza este olhar é necessário, pois neste momento são dois focos, dois olhares, dois corpos em evolução, dois seres em desenvolvimento e mudanças.
A mãe adolescente se desejou o filho, tanto melhor para receber os cuidados, será mais receptiva e atenta as informações e orientações que receber e as colocará em pratica, assim sua saúde e a de seu filho estarão preservadas.
A mãe adolescente que não deseja seu filho, já não estará receptiva as orientações e informações que receber, colocando assim em risco sua saúde e de seu filho, o que em sua cabeça não fará diferença, pois ela não quer o bebê, o acolhimento dessa mãe deverá ser feito de forma criteriosa e sistemática, mas com muito amor e atenção, mais humanitário do que científico, com mais "colo" do que palavras, muitas mães que não querem seus bebês, não foram amadas, não receberam carinho e nesse momento se o profissional que atende-lá tiver esse feeling, com certeza terá sucesso, e poderá regastar sentimentos adormecidos e/ou inexistentes nessa adolescentes.
No atendimento dessa jovem pelo ginecologista é fundamental que este profissional tenha um olhar não somente na solução dos problemas ginecológicos, mas o que tem por tras das palavras dessa jovem e sempre relatar para toda a equipe de atendimento multi profissional.
Nos meus atendimentos tenho tido sucesso e um melhor vinculo com as adolescentes que são ouvidas e acolhidas de forma mais humanas, parece lugar comum falar isso, mas existem ainda muitos profissionais que não dirigem um olhar acolhedor a paciente, e com certeza ela virá ao atendimento de forma obrigatória o que não será produtivo nem para ela, nem para o bebê e muito menos para o profissional.
O momento do pré natal é muito importante por que a adolescente, muitas vezes, vai ao programa e/ou serviço somente para esta consulta neste momento os outros profissionais da equipe poderão estar na "sala de espera", "conquistando" essas jovens para participarem de outras oficinas e/ou grupos com atividades diversas.
Existem várias formas de conquistar as adolescentes mais é preciso identificar-se com esse público, pois assim ela sentirá no profissional um elo que faltava naquele momento de angústia, que poderá se tornar um momento de grande crescimento e amadurecimento do processo de identificação como mulher.

Cristina Constâncio - Psicóloga

PARCERIA SEMPRE

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A PATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA





A paternidade na adolescência tem sido um assunto renegado quando se aborda a gravidez na adolescência.
Felizmente os serviços que trabalham com adolescentes começam a despertar para a necessidade de maior atenção ao adolescente masculino.
A questão da paternidade na adolescência, são trazidas aos serviços pela mãe adolescente, que em sua fala refere a ausência da figura paterna, ou seja, o pai da criança simplesmente ignorava o filho, ou ainda nega que tal criança fosse sua.
Ser pai é um papel sócio-cultural como biológico, mas com uma diferença fundamental – os papéis biológicos e fisiológicos do sexo masculino são inalteráveis. Já os papéis sociais são dependentes da cultura na qual estamos inseridos, dependendo também da época histórica que vivemos.
O aspecto social atualmente vem sendo bastante modificado, e as concepções que se tinha sobre a paternidade vem sendo alteradas. A partir dos anos 90, no fim do século XX, a paternidade começou a ser encarada de maneira diferente da qual foi pensada ao longo de todo o século passado.
Ao pai cabia além da manutenção financeira da família, impor regras e limites. Apoiadas em supostas relações de força e de fragilidade, o pai era forçosamente ausente.
Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, este quadro masculino e feminino, começa a ser alterado e a colocar em xeque os valores até então tidos com exclusivamente masculinos ou femininos. A demonstração de afeto começa a fazer parte do universo masculino e a força de trabalho do universo feminino.
Quando, lá pelos anos 60, a pílula anticoncepcional, propiciou um controle maior da natalidade e colabora para liberar a sexualidade, sem a preocupação de se ter muitos filhos.
Porém, a pípula não modifica a questão da paternidade, pois cabe à mulher e não ao homem a sua ingestão.
E ainda, quando falamos no campo biológico, a gravidez para o masculino não se constitui em problemas; não é necessário o pré-natal, as mudanças no corpo, o cuidado com a alimentação; enfim, todos os cuidados que uma gravidez gera para o feminino. Desta maneira, o distanciamento do futuro pai se mantém, e as questões de gênero permanecem inalteradas, sendo a gravidez uma questão do feminino e não do masculino. A paternidade, portanto, não se constitui em uma função deste adolescente, ou em permanecer junto com a mãe, mas simplesmente em um resultado do ato sexual sem maiores consequências sociais.

É vital que se busque no pai adolescente não só um companheiro sexual da mulher, mas um companheiro que compartilhe das decisões e cuidados, um pai que possa amparar seu filho e o assuma de fato. Para que isto aconteça, precisamos, como profissionais da área da saúde, dar uma atenção maior ao masculino, abolir nosso próprio preconceito, desmascarar os mitos da sociedade e ajudar os adolescentes a se aproximarem dos seus sentimentos e aflorarem para uma masculinidade saudável e responsável.

Fonte: Adolescência e Saúde III – Comissão de Saúde Integral do Adolescente – SES - Texto de Elcio Nogueira e Joana Maria S. Kerr.
Imagem: Google Imagens

PARCERIA SEMPRE

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bullying casa, escola e sociedade

O FENÔMENO BULLYING COMEÇA EM CASA?

Muitas vezes o fenômeno começa em casa. Entretanto, para que os filhos possam ser mais empáticos e possam agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro a revisão do que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo.

QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil.

COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?
A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos.
Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adultos devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de uma cidadania plena.

QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?

O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

Fonte: Cartilha 2010 - Projeto Justiça na Escola - 1ª Edição - Autora Ana Beatriz Barbosa Silva Psiquiatra.
 http://www.cnj.jus.br/

PARCERIA SEMPRE

Sinais de Bullying

COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?

As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas freqüentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas freqüentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Freqüentemente se queixam de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças freqüentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.

O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?

Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

Fonte: Cartilha 2010 - Projeto Justiça na Escola - 1ª Edição - Autora Ana Beatriz Barbosa Silva Psiquiatra.
 http://www.cnj.jus.br/

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